A ASSOCIAÇÃO TAUROMÁQUICA REDONDENSE (ATR), nasceu em Janeiro de 2009, fruto duma iniciativa de alguns elementos do Grupo de Forcados Amadores de Redondo (GFAR) que vendo a velhinha Praça de Toiros Simão da Veiga Jr. remodelada e transformada no moderno Coliseu de Redondo, perspectivaram a oportunidade de, com a devida ajuda, ressuscitar a aficción redondense, e libertá-la do marasmo em que tinha caído havia alguns anos, muito em parte devido ao fraco trabalho dos empresários que pelo ruedo redondense passaram.
Convidados foram no imediato três aficcionados dedicados e que desde o seu aparecimento bastante energia dedicaram ao GFAR, em diferentes campos. Foram eles Miguel Capinha Alves, José Rilhas e Maria Angélica Palmeiro. O primeiro por desde sempre estar ao lado do GFAR, transmitindo uma infindável sabedoria e conhecimento que muito ajudaram à evolução e crescimento dos jovens e ambiciosos forcados da terra; o segundo porque nunca se coibiu de se mostrar ao lado do GFAR, apoiando e escrevendo em vários órgãos de comunicação social sobre os seus primeiros passos e também sobre a situação vergonhosa a que tinha chegado o estado do nosso redondel e, finalmente, a terceira, porque enquanto mãe de dois dos elementos do GFAR, e desde sempre aficcionada e habitué das praças, sempre acompanhou o GFAR, apoiando, ajudando e, porque não dizê-lo, criticando quando se sentia na obrigação de o fazer.
Posto isto, resolvida e determinada, a ATR apresentou um projecto piloto de gestão taurina do Coliseu de Redondo ao executivo autárquico ao mesmo tempo que convidava para o mesmo projecto o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Redondo, Engº Alfredo Barroso. Avaliado e aprovado, perante a determinação e força de vontade da recém criada associação, foi celebrado um protocolo entre autarquia e ATR para a exploração da vertente taurina da renovada arena redondense. Nascia assim, a ATR, com cinco elementos: os três supracitados, o Sr. Vereador José Portel (indicado pelo Presidente da Câmara, obrigado a declinar o convite por razões institucionais) e João Filipe Santana, enquanto cabo do GFAR e, como tal, líder do movimento percursor desta nova era de aficción redondense que se espera longa.
Na sua primeira época de actividade a ATR organizou três festejos, três imponentes corridas de toiros, com as quais conseguiu uma média de 1800 espectadores, o que num recinto que suporta 2000 é, convenhamos, algo de bastante positivo. Oito figuras do toureio passaram pelo Coliseu de Redondo, assim como três ganadarias e dois grupos de forcados convidados para actuarem ao lado do GFAR.
Para a época de 2010 já foram anunciados 5 espectáculos e já teve lugar o “I Colóquio Tauromáquico” da ATR que contou com a presença de cerca de 70 aficcionados no auditório do Centro Cultural de Redondo no passado Sábado dia 23 de Janeiro. O cartaz do primeiro Festival Taurino de Beneficência está aí, para dar uma oportunidade às futuras figuras das arenas portuguesas e, ao mesmo tempo, ajudar a instituição proprietária do Coliseu de Redondo, a Santa Casa da Misericórdia de Redondo. Quanto a mim, resta-me agradecer o convite para escrever estas singelas linhas de apresentação da ATR e desejar que o ano de 2010 corresponda às expectativas criadas em 2009, trazendo assim espectáculos de sucesso, triunfo para os artistas e emoção a momentos de torería para a aficción do Redondo, na qual naturalmente me incluo, e para todos os seguidores da Festa Brava que fazem questão de nos visitar e que, é claro, estarão sempre convidados para virem conhecer a nossa terra.
.jpg)